segunda-feira, 28 de junho de 2010

Hospital abre hoje inquérito a mulher dada como morta


Insólito. Idosa estava internada. Família pensou que estava morta e organizou enterro

O Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, só hoje vai iniciar as investigações à alegada falha na identificação de uma mulher de 82 anos, que foi dada como morta na sexta-feira de manhã, mas descarta, desde já, quaisquer culpas no processo.

O engano só foi descoberto na tarde do mesmo dia, quando a família já tinha anunciado o funeral na comunidade e esperava para velar o corpo.

Fernando Silva, director do hospital, classificou ao DN o caso "como lamentável", pede desculpa aos familiares mas iliba, numa avaliação ainda inicial, a unidade de responsabilidade. O hospital vai hoje abrir o processo de averiguações, aguardando as suas conclusões.

Segundo noticiou o JN, tudo terá começado quando uma enfermeira comunicou a morte da octogenária ao seu filho que estranhara encontrá-la gelada na cama da unidade. O familiar regressou a casa, em Rio Meão, com a má notícia e iniciaram-se os preparativos das cerimónias fúnebres de Adélia Reis, 82 anos, para o dia seguinte. Foi quando o agente funerário quis a obter a certidão de óbito junto do hospital, se percebeu que a falecida, afinal, era outra senhora internada no quarto ao lado na cirurgia geral.

Já segundo o director do hospital foi o filho que não identificou a mãe. "A primeira responsabilidade pela identificação incorrecta é do filho da doente", tanto mais que nunca teria visitado a mãe naquele local. "Entrou no quarto, ficou perturbado e não a reconheceu devidamente desencadeando o funeral", conclui.


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