sábado, 28 de agosto de 2010

Emissões de dióxido de carbono não colocam em causa protocolo de Quioto


Segundo os recentes dados da Autoridade Florestal Nacional, até agora arderam 71.687 hectares de floresta e mato

A quantidade de dióxido de carbono libertado pelos incêndios florestais não coloca em causa o cumprimento, por Portugal, do protocolo ambiental de Quioto, garantiu à Lusa Nuno Lacasta, da Comissão interministerial para as Alterações Climáticas.

Segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente, até 15 de Agosto, foram emitidas 520 mil toneladas de dióxido de carbono e de outros gases com efeito de estufa que contribuem para as alterações climáticas, mas nas contas da Quercus deverão ter atingido 1,1 milhões de toneladas.

“As emissões que estão em causa já estão previstas nos cenários de cumprimento de Quioto que o comité executivo da Comissão para as Alterações Climáticas vem fazendo e cuja mais recente actualização é de Junho”, explicou Nuno Lacasta, coordenador da Comissão interministerial para as Alterações Climáticas e Gestor do Fundo Português de Carbono.

Adiantou que foram elaborados vários cenários de emissões resultantes de fogos florestais, nomeadamente médio, menos mau e mau, e o que se verifica, até ao momento em termos de dióxido de carbono, é que Portugal “está em linha com um cenário médio”.

Nuno Lacasta ressalvou que, em termos do protocolo de Quioto, o que conta “são as emissões da área florestal ardida, com exclusão do mato”.

Segundo os recentes dados da Autoridade Florestal Nacional, até agora arderam 71 687 hectares de floresta e mato.

Destes hectares ardidos, referiu Nuno Lacasta, “14 921 hectares são de floresta”, sendo esta “a base de cálculo para Quioto”.

“Este cenário é considerado moderado em termos de emissões de dióxido de carbono, pelo que o cumprimento de Quioto não está posto em causa”, considerou.

O protocolo de Quioto é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, considerados como a principal causa do aquecimento global.

A Comissão de Alterações Climáticas funciona na dependência do Ministério do Ambiente.

fonte: Público

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