terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Historiadores descobrem quem seria a bisavó de Jesus

Escrituras antigas indicam que era Ismeria, descendente da tribo de Davi


Imagem medieval de Maria

De acordo com um estudo publicada por uma revista científica de História Medieval, a bisavó de Jesus teria sido Santa Ismeria, filha de Nabon, do povo da Judéia e descendente da tribo de Davi.

Para chegar a essa conclusão, a historiadora Catherine Lawless analisou dois manuscritos de Florença (Itália), escritos durante o século XIV. Os manuscritos medievais haviam sido ignorados por outros investigadores, conta Catherine ao Discovery News.

Ismeria, mesmo pouco famosa, é a única mulher mencionada em escrituras antigas que poderia ser a avó de Maria, bisavó de Jesus. A própria Maria recebe poucas citações na Bíblia, que também só menciona sua linhagem paterna.

Os manuscritos estudados por Catherine, além de revelar sobre a possível ascendência de Jesus, mostra também a maneira de pensar dos italianos durante a Idade Média. Eles contam a lenda de Ismeria, uma mulher que se casou com Santo Liseu, patriarca do povo de Deus. Tiverem uma filha chamada Ana que se casou com Joaquim – os nomes dos avós de Jesus, conforme a Bíblia.

Quando Liseu morreu, seus parentes deixaram Ismeria sem dinheiro. Ela acabou refugiando-se numa enfermaria e lá realizou um milagre, encheu cestas de peixe para alimentar os doentes. Segundo os manuscritos, Ismeria rogou para que fosse levada deste mundo, e Deus ofereceu a ela o paraíso. Depois disso, um responsável pelo hospital levou a notícia à Jesus, que foi prestar homenagem a mulher, com Maria e os doze apóstolos.

A lenda também serviria como exemplo de comportamento para as mulheres medievais. As viúvas não deveriam exigir os bens da família do marido, o dote de noivado de volta ou casar-se novamente para constituir uma outra linhagem.

Apesar de parecer extremamente machista aos olhos de hoje, a lenda de Santa Ismeria pode ser considerada um avanço pela maneira de reconhecer o papel da mulher na sociedade medieval. O autor dos manuscritos é desconhecido, mas a historiadora acredita que tenha sido um leigo da Toscana.


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