segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Indícios apontam que países já travam guerras cibernéticas


Indícios apontam que Israel, China e Estados Unidos já mobilizam equipes para ataques online
Estados Unidos, China e Israel usam a internet para atacar outros países

Nenhuma nação foi definitivamente associada a um acto de guerra cibernética, mas a internet está a ser utilizada como um verdadeiro campo de batalha. Mesmo que os governos não assumam, dois acontecimentos recentes colocam países no centro do furacão da guerra de informações virtuais.

No início deste ano, a empresa de segurança VirusBlokAda descobriu um "worm" de computador altamente sofisticado chamado Stuxnet. O que surpreendeu os técnicos da empresa é que o vírus foi projectado para infectar e comandar secretamente sistemas de informática industrial.

A maioria dos locais afectados pelo Stuxnet está no Irão, e a sofisticação do verme e a escolha do alvo sugerem o envolvimento de um Estado, possivelmente Israel. É provável que o vírus tenha sido projectado para danificar as centrífugas de enriquecimento de urânio do país, uma suspeita reforçada quando o governo iraniano confirmou recentemente que o Stuxnet "criou problemas" nas suas instalações em Natanz.

Depois do caso Stuxnet, surgiram as mensagens divulgadas pelo site WikiLeaks. A descoberta dessa massa de documentos secretos revelou que autoridades dos EUA acreditam que o governo chinês está em conluio com grupos de hackers para fazer espionagem militar e sabotagem. Num mundo de criminalidade virtual, onde a autoria é muitas vezes impossível de ser atribuída, as mensagens dos EUA são o mais perto que chegamos de uma informação concreta.

E o envolvimento dos EUA na guerra online? Em Maio, o país lançou o US Cyber Command, um esforço militar dedicada a defender as redes de computadores do país e, presumivelmente, atacar as dos seus inimigos. Jovens hackers estão sendo recrutados no Silicon Valley para projectos secretos. Os militares, é claro, não irão dizer o que esses novos soldados-hackers irão fazer, mas ninguém imagina que eles vão ficar apenas sentados a observar um conflito acontecer.


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