quarta-feira, 23 de março de 2011

Exército norte-americano quer controlar redes sociais


A notícia surge numa altura em que as revoluções nascem nas redes sociais e países como a China procuram controlar a Internet.

Os militares norte-americanos estão a desenvolver um programa informático que permite gerir secretamente falsas identidades em redes sociais com o objetivo de influenciar eventuais campanhas de contra-informação através da Internet e difundir propaganda norte-americana.

Segundo o "The Guardian ", a Ntrepid, uma empresa de Los Angeles, Califórnia, terá celebrado um contrato com as forças armadas norte-americanas (Centcom - US Central Comand) para desenvolver um "serviço de gestão de personalidades online", tal como constará no acordo. Esta aplicação permitirá a um militar controlar, em simultâneo, dez identidades diferentes, a partir do seu computador "sem correr o risco de ser descoberto por adversários sofisticados".

Peritos em tecnologia contactados pelo jornal britânico, relacionam esta iniciativa com as sistemáticas tentativas controlo da Web por parte das autoridades chinesas.

Quando for terminado, este programa permitirá aos militares norte-americanos monitorizar em permanência os temas mais debatidos na Internet e entrar na conversa de uma forma coordenada através de artigos e comentários em blogues, tweetts e retweets (mensagens até 140 carateres enviadas através do sistema de microblogging, Twitter), ou em salas de conversação em tempo real (chat).

O centro de controlo desta aplicação deverá ficar instalado na Base Aérea de MacDill, Florida, onde também está instalado o comando das Operações Especiais.

Contactado pelo "The Guardian" o porta-voz do Centcom, Bill Speaks, limita-se a dizer que "esta tecnologia suporta a possibilidade de blogar secretamente em sites escritos em línguas estrangeiras (Árabe, Persa, Urdu e Pachto) para combater o extremismo e os inimigos dos EUA no estrangeiro".

A Ntrepid recusou fazer qualquer comentário.


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