terça-feira, 19 de abril de 2011

Animais antigos podem ajudar a entender envelhecimento humano


Pesquisa mostra que espécies marinhas possuem mecanismos que protegem o DNA, prolongando a idade.

Cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, descobriram que animais assexuados marinhos possuem mecanismos especiais que podem ajudar a retardar o envelhecimento e deixar o indivíduo mais saudável. O ascídio, um tipo de animal marinho, pode activar a enzima telomerase, que protege o ADN.

Existem muitas diferenças no tempo de vida das espécies no mundo. Alguns seres vivos, que se reproduzem assexuadamente, podem até alcançar a vida eterna, como corais que vivem em áreas muito profundas do oceano – eles vivem há milhares de anos. Foi pensando nessa quase "vida eterna", que a investigadora Helen Nilsson Sköld, do Departamento de Ecologia Marinha da universidade, começou a estudar ascídeos e estrelas do mar, animais de vida longa e possuem genes mais perecidos com os humanos.

Os resultados mostram que os ascídios conseguem rejuvenescer activando a enzima telomerase, que aumenta seus cromossomos e protege o ADN. Além disso, esses animais têm uma habilidade especial de descartar suas células inúteis. As partes velhas do animal são 'partidas', substituídas por novas peças que crescem de seu corpo principal.

As estrelas-do-mar também podem reconstruir partes do corpo. E alguns tipos reproduzem-se por clonagem. Isso significa que parte do corpo de cada indivíduo passa para as próximas gerações e pode ajudar os investigadores a entederem os mecanismos por trás do envelhecimento de células.

Por terem um material genético muito semelhante entre suas gerações, graças a esse tipo de reprodução, esses animais podem estar ameaçados de desaparecer em caso de doenças ou mudanças ambientais bruscas, o que pode prejudicar estudos futuros.


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