sábado, 16 de julho de 2011

Sangue. Cientistas descobrem célula-mãe


Descoberta pode ajudar a combater a leucemia

Investigação canadiana identificou ponto de partida para a formação de todo o sistema sanguíneo

Foi como encontrar uma agulha num palheiro, disse o autor principal da investigação, John Dick, do Instituto de Oncologia de Ontário, no Canadá. A sua equipa publica hoje na revista "Science" a descoberta da célula completamente indiferenciada que dá origem a todos os diferentes tipos de células do sistema sanguíneo. Os investigadores acreditam que esta célula estaminal pura poderá abrir novas portas à medicina regenerativa e resolver o problema da falta de células estaminais embrionárias, algo que os cientistas têm tentado contornar arranjando forma de reprogramar células adultas - ainda sem aplicação na medicina. Combater de forma mais eficaz a leucemia é uma das expectativas.

Dick está envolvido na investigação em torno das células estaminais, e dos cancros que poderão ser curados por elas, praticamente desde o início, nos anos 1960. A descoberta das células estaminais deu--se neste instituto canadiano e foi lá também que começaram a ser feitos os primeiros transplantes de medula óssea com recurso as células estaminais. "Desde o início que os cientistas estavam à procurar da mãe fugidia - a célula pura que poderia ser controlada e expandida em laboratório antes de ser transplantada para doentes. Ultimamente usam-se as células estaminais do cordão umbilical mas para muitos doentes não é suficiente a colheita de um único dador", explica Dick, em comunicado. O investigador defende que a descoberta permitirá gerar células em número suficiente e melhorar a capacidade de resposta a nível clínico.

fonte: Jornal i

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