segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Apenas 17 por cento dos açorianos viviam mais de 50 anos no século XVI


Foram examinados esqueletos de 108 indivíduos

Dois terços da população açoriana sobreviviam no século XVI até à idade adulta, mas apenas 17 por cento dos residentes chegava a idades superiores a 50 anos, apurou um estudo da Universidade dos Açores (UAç).

A pesquisa em causa, cujos resultados constam de uma nota divulgada pelo departamento de Biologia da academia açoriana, incidiu sobre esqueletos de 108 indivíduos, exumados em 2007 do interior da antiga igreja do Convento de S. Gonçalo, em Angra do Heroísmo.

Segundo a UAç, trata-se do primeiro estudo paleodemográfico de uma população açoriana e foi desenvolvido no âmbito do projeto de pós-doutoramento do investigador Javier Jordana, coordenado por Manuela Lima e Eugénia Cunha.

As obras de restauro realizadas no antigo convento de São Gonçalo obrigaram, em 2007, a uma intervenção arqueológica, promovida pela Direcção Regional da Cultura e que revelou que a zona escavada corresponderia ao interior da igreja original, fundada em 1542 e transferida, durante o século XVII, para o local que ocupa atualmente.

As ossadas recolhidas foram estudadas no Departamento de Biologia com o objetivo de caracterizar biologicamente a população exumada, nomeadamente no que concerne à idade, sexo, estatura e estado de saúde, revela a UAç, ao acrescentar que nos 108 indivíduos identificados estavam representados ambos os sexos e todos os grupos de idade (infantil, juvenil e adulto), indicando que o local estudado corresponderia a uma zona de cemitério não restrita às religiosas clarissas, recolhidas no convento.


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