terça-feira, 20 de março de 2012

Fim do mundo Maia já teria passado, de acordo com investigadores


Maias não tinham anos bissextos e, se contarmos esses dias extras, já estaríamos no dia 28 de julho de 2013.

Você acredita no fim do mundo Maia? Imagens que estão a circular nas redes sociais e na web dizem que, como os Maias não contavam anos bissextos, já estaríamos no dia 23 de julho de 2013, de acordo com o calendário daquela civilização. Ou seja, essa nova teoria aponta que o dia do fim do mundo já é passado.

De acordo com as imagens, os Maias não consideravam o dia extra a cada 4 anos por não conhecer as diferenças entre as órbitas dos planetas, e, por isso, não haveria necessidade de um ano com 366 dias.


(Imagem que circula na internet. Em tradução livre: Existiram 514 anos bissextos desde que Cesar os criou, em 45 a.C. Sem o dia extra a cada 4 anos, hoje seria o dia 28 de julho de 2013. O calendário Maia não contava os anos bissextos. Então, tecnicamente, o mundo deveria ter acabado há 7 meses.)

Porém, investigadores da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM) dizem que, ao contrário do que tenta contestar a teoria, os Maias tinham anos diferentes, como os de norte, sul, leste e oeste.

Para eles, não se tratava de um ano bissexto, pois o termo era desconhecido e, na prática, a civilização ajustava os horários num novo dia, de quatro em quatro anos.

De acordo com a UNAM, o dia 21 de dezembro de 2012 marcará, sim, o inicio de uma nova era. Mas, e o tal "fim do mundo"?

Bom, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), na verdade, "os Maias nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim do mundo em 2012. Essa visão apocalíptica é algo nosso, dos ocidentais".

Laura Castellanos, jornalista e autora do livro "Las Profecias del Fin del Mundo", explica à BBC que essa  conversa de fim do mundo é uma "onda milenarista que antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam dez séculos". Ela diz que isso tudo é reforçado por uma "crise ideológica, religiosa e social".

E, ao que parece, esse tal de fim do mundo pode dar dinheiro. Já há empresas que oferecem bunkers no México, para que as pessoas se protejam das catástrofes.

O governo mexicano até lançou campanhas para o estimulo do turismo no sudeste do país, região rica em sítios arqueológicos dos Maias.


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