domingo, 29 de julho de 2012

Cientistas descobrem três planetas com órbita parecida à do Sistema Solar



Três planetas orbitam a estrela Kepler-30 numa configuração semelhante à do nosso Sistema Solar, contrariando a dinâmica vista em muitos corpos na Via Láctea (Foto: Cristina Sanchis Ojeda/Nature)

Telescópio Kepler, da Nasa, obteve dados durante dois anos e meio. Em geral, gigantes gasosos na Via Láctea têm órbita distinta da nossa.

Três planetas fora do Sistema Solar – chamados exoplanetas ou planetas extrassolares – que orbitam uma estrela-mãe em situação semelhante à da Terra estão descritos na edição desta semana da revista científica “Nature”.

Essa observação lança uma nova luz sobre as condições que determinam a arquitetura de um sistema planetário.

No caso do Sistema Solar, o equador do Sol e o plano orbital dos planetas estão praticamente alinhados, o que seria consequência da formação dos corpos num único disco giratório gasoso. Isso permite, por exemplo, que possa haver luz e vida numa extensa área do planeta, como ocorre com a Terra.

Muitos sistemas de exoplanetas, porém, não apresentam esse mesmo arranjo. Corpos gigantes e quentes, semelhantes a Júpiter – o maior planeta do Sistema Solar –, estão muitas vezes desalinhados. Alguns têm até órbitas retrógradas, ou seja, giram na direção contrária à rotação de sua estrela principal.

Os cientistas suspeitam que grandes inclinações nas órbitas são resultado das mesmas interações dinâmicas que produzem planetas parecidos com Júpiter.

Desta vez, o astrofísico Roberto Sanchis-Ojeda e colegas analisaram o trânsito dos planetas Kepler-30b, Kepler-30c e Kepler-30d ao observarem manchas sobre a estrela Kepler-30, de massa e raio semelhantes aos do Sol, só que mais jovem e com rotação mais rápida que a da nossa maior estrela.

Os investigadores mostram que a órbita dos três planetas desse sistema está alinhada com o equador estelar. Além disso, a órbita do trio está alinhada uns com os outros, numa configuração parecida com a nossa. Nesse sistema, não há nenhum “Júpiter” quente e gasoso.

Os dados foram obtidos pelo telescópio Kepler, da agência espacial americana (Nasa), captados durante dois anos e meio, em 27 trânsitos dos planetas pela estrela.

fonte: G1

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