sábado, 25 de agosto de 2012

Suíços vão examinar restos mortais de Yasser Arafat


Estado de saúde do líder palestiniano deteriorou-se em poucas semanas 

O Instituto Radiológico de Lausana, na Suíça, anunciou nesta sexta-feira que vai examinar o corpo de Yasser Arafat, após autorização de sua viúva, para detectar eventuais vestígios de polónio, uma substância radioactiva extremamente tóxica.

O líder palestiniano morreu em 11 de Novembro de 2004 no hospital militar de Percy, perto de Paris, na sequência de um curto período de degradação do seu estado de saúde, que motivou a sua hospitalização em França. Nunca foram emitidas informações médicas claras sobre a doença que o vitimou.

A polémica foi retomada em 3 de Julho, após a difusão pela cadeia televisiva árabe do Qatar Al-Jazeera de um documentário no qual se refere que o Instituto de Radiofísica de Lausana, que examinou objectos pessoais de Arafat entregues à viúva pelo hospital francês, tinha detectado uma "quantidade anormal de polónio".

O polónio é uma substância radioactiva extremamente tóxica que foi utilizada em 2006 em Londres para envenenar o ex-espião russo Alexander Litvinenko, após se ter tornado um opositor do presidente Vladimir Putin.

O Centro Hospitalar Universitário de Vaud, na Suíça, recebeu no início de Agosto uma carta da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) que solicitava este exame e pedia à viúva do dirigente palestiniano para dar o seu consentimento.

Marc Bonnant, advogado de Souha Arafat, tinha declarado na noite de quinta-feira à televisão suíça que a viúva do ex-presidente da Autoridade Palestiniana "pretende o inquérito".

"É possível que nos desloquemos [a Ramallah] no próximo mês", afirmou, numa referência ao local onde Arafat está enterrado.


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