quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Universidade de Princeton: micróbios extraterrestres podem ter iniciado a vida na Terra


Cientistas dizem que micróbios extraterrestres podem ter trazido a vida até a Terra, após viajarem pelo espaço por milhões de anos.

A teoria é baseada em cálculos, mostrando uma alta probabilidade de que fragmentos de planetas em outros sistemas solares tenham caído na Terra há muito tempo. 

De acordo com os investigadores que colocaram seu artigo na publicação Astrobiology, alguns desses fragmentos poderiam estar impregnados com microorganismos.

A pesquisa sugere que os micróbios dormentes poderiam facilmente ter sobrevivido a longa jornada através do espaço, apesar dos altos níveis de radiação cósmica. 

Da mesma forma, formas simples de vida podem ter viajado da Terra para outros planetas fora de nosso sistema solar, acreditam os cientistas. 

Se este processo, conhecido como litopanspermia, for confirmado, isto pode significar que o universo está ‘infestado’ de vida como na Terra. 

“Nosso trabalho… demonstra que a litopanspermia poderia ser muito provável, e este pode ser o primeiro estudo a demonstrar isto“, disse o investigador chefe, Dr. Edward Belbruno, da Universidade de Princeton. 

“Se este mecanismo for verdadeiro, ele tem implicações como um todo para a vida no universo. Isto poderia ter acontecido por todo o lugar.” Erupções vulcânicas gigantescas, impactos de meteoritos e colisões com outros corpos podem fazer com que fragmentos de rocha dos planetas sejam ejetados para o espaço. 

Quando o sistema solar era jovem, e o Sol muito mais próximo de seus vizinhos do que é hoje, alguns desses fragmentos poderiam ter sido intercambiados entre planetas que orbitam diferentes estrelas, dizem os cientistas. 

Viajando a velocidades relativamente baixas, havia uma grande chance de que eles fossem ‘capturados’ pela gravidade dos planetas que eles se aproximavam. 

Os investigadores executaram programas de computador simulando o aglomerado de estrelas dentro do qual o Sol nasceu. 

Eles descobriram que de todos os fragmentos rochosos ejetados de nosso sistema solar e de seus vizinhos próximos, entre 5 e 12 de 10.000 poderiam ter sido capturados pelos planetas. 

Durante um período de 10 milhões a 90 milhões de anos, algo entre 100 trilhões e 30 quatrilhões de objetos pesando mais do que 10 Kg poderiam ter sido transferidos. 

Quaisquer organismos que chegassem até a Terra teriam encontrado um planeta já coberto de água, com condições apropriadas para a vida. O aglomerado de estrelas no qual o Sol nasceu desmembrou-se quando o sistema solar tinha de 135 milhões a 535 milhões de anos. 

A Terra possui água na superfície desde que o sistema solar tinha somente 228 milhões de anos, sendo assim provável que o planeta estava preparado para receber micróbios alienígenas. 

A co-autora do estudo, Dra. Amaya Moro-Martin, uma astrónoma do Centro de Astrobiologia na Espanha, disse: “Nosso estudo é interrompido quando a matéria sólida é capturada pelo segundo sistema planetário, mas para a litopanspermia ser completada, ela na verdade precisa aterrar num planeta terrestre onde a vida poderia florescer. O estudo da probabilidade da aterragem num planeta terrestre é um trabalho que agora sabemos que vale a pena fazer, porque as grandes quantidades de material sólido originárias do primeiro sistema planetário podem ser capturadas pelo segundo sistema planetário, esperando assim para aterrar num planeta terrestre. Nosso estudo não prova que a litopanspermia realmente ocorreu, mas indica que ela é uma possibilidade aberta“. 

A pesquisa foi apresentada ontem, 25 de setembro de 2012, no Congresso Europeu de Ciência Planetária em Madri, na Espanha.

fonte: Ovni Hoje

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