terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Quinta humana" ajuda antropólogos a desvendar homicídios


À primeira vista, esta quinta parece um tipo de paraíso para osserial killers deixarem os corpos. No entanto, estes corpos que aparecerem por entre as montanhas do Tennessee são, na verdade, colocados lá para serem estudados por antropólogos forenses.


Apelidado de 'quinta humana', o laboratório de pesquisa em Knoxville proporciona uma oportunidade única para equipas de investigação criminal poderem reconstruir cenas de homicídios da forma mais realista possível. A quinta já teve entre 150 a 190 corpos nos seus terrenos, todos doados por pessoas que esperam ajudar na captura de assassinos.

"Ajudamos as figuras da lei a perceber o que é que verdadeiramente aconteceu às pessoas", explicou a Drª. Dawnie Steadman, da Universidade de Antropologia Forense de Tennessee, dizendo ainda que "não se pode simular este tipo de trabalho".

Um laboratório do mesmo género irá abrir no Colorado, em 2013, e será a primeira quinta humana que oferecerá a possibilidade de estudar homicídios em altitude e num ambiente de deserto. Os investigadores esperam também que possa ajudar a resolver casos como o assassínio de de Coty Vernon, uma adolescente cigana que apareceu quatro anos depois de ser dada como desaparecida com marcas nos ossos que revelam que terá sido esfaqueada.

Os corpos são dispostos em várias áreas para imitar as cenas do crime. Alguns são enterrados, outros colocados dentro de veículos ou em armadilhas. Depois, são deixados para se decomporem e o seu apodrecimento é monitorizado. Os investigadores deixam a natureza fazer a sua parte, recolhendo apenas pistas como insetos, os ossos em decomposição e odores.

O local tem sido visitado regularmente pela polícia, pelo Ministério Público e por médicos legistas desde 1980, e é também usado para ajudar a identificar vitimas de desastres de avião e pessoas que foram enterradas em valas comuns durante a guerra. "Podemos fornecer respostas", diz ainda Steadman. "Podem não ser as que gostariam de ouvir, mas oferecemos um "fecho" de alguma maneira", refere a investigadora.

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