quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Implante de retina devolve visão a oito pessoas cegas

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São praticamente diárias as boas notícias no campo dos avanços científicos relacionados com a biologia humana. O mais recente traz novas esperanças aos que perderam a visão.

O aparelho chama-se Alpha IMS e é um sistema capaz de detetar a luz vinda dos olhos, através de um conjunto de elétrodos implantados debaixo da retina do paciente. Os sinais detetados são, depois, enviados para um microchip que os reenvia para o cérebro, onde são processados como se fossem sinais orgânicos oriundos de olhos saudáveis. Para já os pacientes veem a preto-e-branco e existe um botão colocado atrás da orelha para ajustar o brilho das imagens.

Este sistema foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Tübingen na Alemanha. O Alpha IMS inclui 1500 elétrodos o que permite criar imagens com muito mais resolução que outras soluções semelhantes.

Infelizmente, o The Verge indica que o Alpha IMS não se destina a todos os invisuais, já que é necessário que a parte responsável pelo processamento da visão do sistema nervoso esteja funcional. Assim, e para já, esta é uma solução que se destina apenas àqueles que perderam as células dos olhos sensíveis à luz, devido a doença.

Das nove cirurgias executadas para implantar o Alpha IMS, oito foram bem sucedidas. A última falhou porque, infelizmente, os médicos tocaram no nervo ótico do paciente. As primeiras impressões de quem foi submetido ao tratamento são também muito encorajadoras. As pessoas foram capazes de detetar detalhes como um sorriso, a presença ou ausência de óculos e sinais em portas.

Há um micro continente pré-histórico junto às Maurícias


No Oceano Índico, bem próximo das ilhas Maurícias, encontra-se um micro continente pré-histórico sob uma espessa camada de lava e a vários milhares de metros de profundidade. Disto dá conta um estudo divulgado hoje (domingo).

Este fragmento de um continente chamado Mauritia, surgiu aqui há cerca de 60 milhões de anos, onde agora se situa Madagáscar. Este pedaço de solo foi coberto por uma enorme quantidade de lava surgida do coração da Terra. De acordo com a AFP, a informação consta de um estudo publicado na revista científica britânica Nature Geoscience.

A formação dos continentes é frequentemente associada a 'plumas' de rochas extremamente quentes resultantes do manto terrestre. O calor vai atenuando, suavizando as placas tectónicas após uma intensa atividade vulcânica.

Assim, a parte oriental do Gondwana, um "supercontinente" que apareceu há cerca de 600 milhões de anos começou a fraturar na época Jurássica. A fragmentação deu origem a Madagáscar, Índia, Austrália e Antártida que migrou para ocupar a sua atual posição.

Em certos casos, alguns fragmentos de massa foram ficando pelo caminho, dando origem a agrupamentos de terra como é o arquipélago das Seychelles, em tempo considerado uma curiosidade geológica pela comunidade científica.

Este micro continente agora descoberto resulta de uma formação muito semelhante à das Seychelles. E os estudo diz ainda que "o Oceano Índico pode estar repleto de fragmentos de continente".

Cientistas criam fato que dá "sentido aranha"


Um estudante da Universidade de Illinois, em Chicago, EUA, desenvolveu um fato que dá ao comum dos mortais um dos poderes do Homem-Aranha.

A criação de Vitor Mateevitsi permite antecipar um acontecimento e saber quando algo ou alguém se aproxima.

O seu criador deu-lhe o nome de 'Spidersense' porque é composto por módulos de microfones, que recebem os sons refletidos pelo movimento dos objetos, e enviam estimulos que avisam o utilizador do fato da presença de um objeto. O fato funciona como uma espécie de sonar, detetando o movimento através de ondas ultrassónicas e localizando-o num tempo e num espaço.

Assim que se percebe a aproximação de algo, o mecanismo coloca pressão no corpo do sujeito alertando-o para a proximidade do objeto, copiando, desta forma, a reacção dos araquinideos a corpos estranhos.

Os sensores do 'Spidersense' têm um grau de fiabilidade de cerca de 95%, multiplicando os sentidos do utilizador, dotando-o de um incrível "sentido aranha".


Tubarão branco mata banhista numa praia



Um homem de 47 anos morreu depois de ter sido atacado por um tubarão branco enquanto nadava ao largo de uma praia situada no norte da Nova Zelândia, informaram hoje as autoridades locais.

A vítima foi encontrada na quarta-feira à tarde, após ter sido "mordida por um grande tubarão", na praia de Muriwai, a cerca de 30 quilómetros de Auckland.

A praia onde ocorreu o ataque mortífero foi isolada pela polícia neozelandesa e fechada aos mais de 200 banhistas que se encontravam no local no momento do incidente, cuja área está a ser patrulhada.

Os ataques de tubarões em águas neozelandesas são raros.

Dados citados pela agência noticiosa espanhola Efe indicam que desde 1830 apenas se registaram 14 ocorrências.


Pulseira permite controlar quase tudo com gestos


Fotografia © Reprodução / Youtube

Uma 'pulseira Jedi', que permite ao utilizador interagir com o mundo digital apenas com o movimentos das mãos, será lançada até o final do ano e já pode ser encomendada por cerca de 115 euros.

A empresa que desenvolveu o produto, a Thalmic Labs, divulgou um vídeo ontem em que demonstra as capacidades do dispositivo, que já pode ser encomendado no site da companhia por 149 dólares e deverá ser entregue até o fim do ano.


A pulseira, batizada de MYO, deteta a atividade elétrica produzida pelos músculos do seu utilizador e, com funções pré-definidas para cada gesto, consegue controlar equipamentos eletrónicos e interagir os meios digitais como videojogos, telemóveis e computadores.

Os idealizadores do produto esperam melhorar as habilidades dos utilizadores. "Nós estamos interessados em como podemos usar a tecnologia para melhorar as nossas habilidades como seres humanos - em suma, dar-nos super-poderes", disse Stephen Lake, co-fundador e presidente da companhia, ao jornal britânico Daily Mail.


"Vulcan" venceu concurso para batizar lua de Plutão


O concurso na Internet para batizar duas luas de Plutão já terminou e o vencedor é: Vulcan -- como o planeta natal do Sr. Spock de Star Trek - O Caminho das Estrelas. Em segundo lugar, a mais de 250 mil votos de distância, ficou Cerberus (o cão de três cabeças que guarda as portas do submundo, na mitologia greco-romana).

O concurso online, lançado pelo SETI (ler notícia relacionada) decorreu no site Pluto Rocks, onde se pode ver os resultados.

A ideia de batizar um dos satélites (P4 ou P5) com o nome "Vulcan" ganhou impulso após o ator William Shatner - o capitão Kirk de Star Trek - ter apelado nas redes sociais, no início do mês, à escolha deste nome.

No entanto, a referência não é, necessariamente, à série de ficção científica. Vulcan - versão inglesa de Vulcano - era o deus do fogo dos romanos, filho de Júpiter. Assim, caso o nome seja aceite, não se quebrará a tradição de batizar os planetas e satélites do sistema solar com nomes mitológicos.

Resta agora esperar que a União Astronómica Internacional aceite as novas designações, um processo que, segundo o SETI, pode demorar até dois meses.


Profecias apocalípticas voltam à tona após renúncia do papa



Nostradamus: quadras foram escritas como retrato de seu próprio tempo

Profecias atribuídas a São Malaquias e Nostradamus preveem fim do mundo e ruína do catolicismo. Mas será que previsões resistem a uma avaliação racional?

Sempre comentadas e cercadas de mistérios, as profecias sobre o fim do mundo ganham força quando ocorre algum facto ou fenómeno de grande repercussão – como o suposto fim do calendário maia em dezembro passado.

Na última semana, após o anúncio da renúncia do papa Bento XVI, que acontecerá no fim de fevereiro, não tardaram a circular teorias com as piores previsões possíveis, do fim do mundo ao fim do catolicismo. Mas será que alguma delas resiste a uma avaliação racional?

Uma das profecias, atribuída a São Malaquias, afirmaria que o próximo papa seria o último antes da destruição de Roma e do fim do catolicismo.

A previsão é baseada em um documento que teria sido escrito pelo bispo Malaquias, no século XII, com 112 breves descrições sobre cada um dos papas que a igreja teria, a partir do ano de 1143.

Na interpretação, a divisa 111 refere-se a Bento XVI como o penúltimo a comandar a igreja. Já o lema de número 112 falaria sobre o último pontífice a exercer o cargo, nomeado como “Petrus Romano”, ou Pedro Romano.

O escritor Wilson A. De Mello Franco, autor de mais de 30 livros digitais sobre profecias, acredita que o nome Pedro é uma indicação de que o próximo papa possa ser Peter Turkson, cardeal de Gana, o que levaria a igreja a ter o primeiro pontíficie negro.

Bento renunciou ao cargo durante o carnaval. Nas semanas seguintes, teorias da conspiração encheram as redes sociais. 


Bento renunciou ao cargo durante o carnaval. Nas semanas seguintes, teorias da conspiração encheram as redes sociais.

No entanto, para a socióloga Brenda Carranza, investigadora na área de sociologia da religião e autora do livro “Catolicismo Midiático” (Ideias & Letras, 2011), a possibilidade de ter um papa negro não se trata de profecia, mas de uma alternativa real.

“Existem, sim, africanos que teriam condições de se tornarem papas. O que não tenho tanta certeza é que seja o momento no jogo de forças instituicionais que este critério prevaleça”, analisa.

De qualquer maneira, as profecias são contestadas. O teólogo e filósofo Jung Mo Sung, professor de ciências da religião da Universidade Metodista, diz que é preciso cautela quando se fala no documento atribuído a São Malaquias, pois há dúvidas sobre a autenticidade do conteúdo. “Há uma discussão se o texto é verdadeiro ou se seria uma falsificação feita no século XVI”, comenta.

Para o padre e professor Valeriano da Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-São Paulo, a previsão atribuída ao santo não tem comprovação científica, nem bíblica.

“Eu não conheço nenhum texto de profecia de São Malaquias e duvido que isso tenha um fundamento verdadeiro”, diz. Segundo Costa, as teorias sobre o fim da humanidade na igreja católica se baseiam apenas em trechos da Bíblia. “A escritura diz que um dia chegará o final dos tempos, mas este dia é insondável”, afirma o religioso.

Nostradamus: adivinho do futuro?

Outra profecia sempre recorrente é a de Nostradamus. Em “As Centúrias”, o médico que viveu no século  XVI teria escrito versos agrupados em quatro linhas (chamados de quadras), que conteriam previsões codificadas sobre factos do futuro. Entre elas, ele teria revelado a Revolução Francesa, a ascensão de Hitler e o fim do fascismo na Itália.

A respeito do futuro da igreja também haveria previsões. No entendimento de Mello Franco, a quadra de número 99 falaria da mudança de sede da igreja, que deixaria Roma e iria possivelmente para Jerusalém.

“As quadras de Nostradamus são como a página de um livro recortada em vários pedaços. Existe um código ali que precisa ser montado e que gera interpretações. Não é determinismo”, admite.

Embora muitos acreditem no “acerto” das profecias de Nostradamus, o filósofo Jung Mo Sung diz que ele não pode ser visto como um “adivinho do futuro um escritor que fazia uma espécie de crítica do que estava acontecendo na época”, mas, sim, para ele, as quadras são analisadas de diversas maneiras, dependendo do olhar de cada um. “Uma palavra pode ser interpretada de 50 mil jeitos. Pegam-se frases obscuras e começam a criar relações”.

O historiador André Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também ressalta que é preciso considerar o contexto de cada previsão.

“Para nós, as profecias podem soar um tanto quanto sem base, lidas ou ditas por pessoas carentes de um referencial científico. No entanto, os profetas têm o seu valor por retratarem o cenário de uma época”, diz.

Desta forma, Chevitarese explica, Nostradamus e outros denominados profetas devem ser encarados como pessoas que faziam o retrato de um período da história.

“As ditas profecias de São Malaquias mostram, por exemplo, uma época que a igreja católica tinha um papel decisivo e predominante. Ele defendeu a ideia de que sem um papa o mundo cairia num abismo violento”.

Sinal dos céus?

Para quem crê em profecias, até mesmo a queda de um raio em cima da Basílica de São Pedro, no Vaticano, algumas horas após o anúncio da renúncia do papa Bento XVI, pode ser vista como um sinal sobrenatural.


Raio na Basílica no mesmo dia da renúncia: tempestades são comuns nesta época do ano em Roma

O facto é que o fenómeno meteorológico é comum nesta época do ano em Roma, que costuma ter invernos chuvosos. No dia 11 de fevereiro, uma tempestade caiu na região, e veio acompanhada de raios.

“Foi uma absoluta coincidência”, diz Joselia Pegorim, meteorologista do Climatempo. “Normalmente, o que acontece é que descargas eléctricas são atraídas por elementos pontiagudos, como o que tinha no alto da cúpula da igreja”, esclarece a especialista.

fonte: IG

Missão europeia prepara-se para explorar luas de Júpiter


Ilustração da sonda JUICE a explorar as luas de Júpiter Fotografia © Reprodução / ESA

A Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) prepara uma missão para explorar o maior planeta do sistema solar e três das suas luas de gelo. A previsão é que a nave 'Juice' seja lançada em 2022 e chegue na órbita de Júpiter oito anos depois.

Durante três anos, depois de lá chegar, a nave irá explorar as luas jupiterianas Europa, Ganimedes e Calisto e observar também o grande planeta gasoso que elas orbitam. A possibilidade das três luas terem grandes oceanos sob uma espessa camada de gelo intriga os cientistas há muito tempo.

Os instrumentos que vão realizar os experimentos científicos na missão foram escolhidos recentemente, serão 11 no total. Esta missão de exploração das luas geladas de Júpiter, batizada de 'Juice', pretende medir a espessura da camada de gelo, explorar os seus oceanos escondidos, revelar as suas estruturas internas e mapear a suas superfícies.

"A seleção dos instrumentos da 'Juice' é um marco fundamental na missão emblemática da ESA para explorar o Sistema Solar, o que representa uma oportunidade sem precedentes para demonstrar o significativo conhecimento tecnológico e científico europeu", diz Álvaro Giménez Cañete, diretor de Ciência e Exploração Robótica da ESA, em comunicado.

Durante a missão, a 'Juice' vai observar a atmosfera de Júpiter e a sua magnetosfera, ou seja, os campos magnéticos e elétricos dela resultantes. Assim, analisarão também a interação dos quatro satélites descobertos por Galileu Galilei em 1610 - as três luas geladas mais Io - com o gigante planeta gasoso.

A sonda irá realizar uma dúzia de voos rasantes sobre Calisto, o objeto com mais crateras no Sistema Solar, e vai voar sobre Europa por duas vezes, a fim de fazer as primeiras medições da espessura da sua camada de gelo.

A 'Juice' vai terminar a sua missão a orbitar em torno de Ganimedes, onde irá estudar a superfície gelada da lua e a sua estrutura interna, incluindo o seu oceano sob a superfície.

Maior satélite do Sistema Solar, Ganimedes é a única lua conhecida a gerar o seu próprio campo magnético. Juice vai observar as suas singulares interações magnéticas e de plasma com a magnetosfera de Júpiter detalhadamente.

"Júpiter e as suas luas geladas constituem uma espécie de mini-sistema solar em si mesmo, a oferecer aos cientistas europeus e aos nossos parceiros internacionais a oportunidade de aprender mais sobre a formação de mundos potencialmente habitáveis em torno de outras estrelas", diz Dmitrij Titov, cientista da missão da ESA, no mesmo comunicado da agência espacial europeia.

Equipas de cientistas provenientes de 15 países europeus, dos EUA e do Japão trabalham na missão que deverá chegar na órbita de Júpiter em 2030.

fonte: Público

Vida poderá encontrar-se perto de estrelas moribundas


Estrelas a morrer podem ter planetas com vida na sua órbita, aponta um estudo do Centro de Astrofísica (CfA, sigla em inglês) da Universidade de Harvard. Os cientistas acreditam que, se tal vida existir mesmo, poderão detetá-la na próxima década.

Segundo os investigadores, as buscas deverão concentrar-se em estrelas que estão a morrer, as anãs brancas. Eles acreditam que será muito mais fácil detetar oxigénio na atmosfera de um planeta a orbitar uma anã branca do que num planeta a orbitar uma estrela semelhante ao Sol.

"Na busca por evidências biológicas extraterrestres, as primeiras estrelas a ser estudadas devem ser as anãs brancas", disse Avi Loeb, teórico do CfA.

Quando uma estrela como o Sol morre, ela ejeta as suas camadas externas, deixando um núcleo quente, que é chamado de anã branca. O seu tamanho típico é semelhante ao da Terra, mas praticamente com a mesma massa da estrela que lhe dá origem. Ela arrefece aos poucos e desaparece com o tempo, mas pode reter o calor suficiente para aquecer um planta ao seu redor por milhares de milhões de anos.

Como uma anã branca é muito menor e mais fraca do que o Sol, um planeta teria de estar muito mais próximo dela para ser habitável, ter água líquida na sua superfície. Tal planeta daria uma volta a cada 10 horas da estrela que orbita.

Mas, antes de uma estrela se tornar uma anã branca, ela incha, dando origem a uma gigante vermelha, e 'engole' os planetas próximos. Assim, o planeta onde se espera encontrar vida deveria ter entrado na zona habitável da estrela só depois de ela se tornar uma anã branca. O planeta poderia ser formado a partir dos restos de poeira e gás (conhecido como de segunda geração), ou migrar para perto da estrela vindo de uma distância maior.

A abundância de elementos pesados na superfície das anãs brancas sugere que uma fração significativa delas têm planetas rochosos. Loeb e o seu colega Dan Maoz, da Universidade de Tel Aviv, estimam que um estudo das 500 anãs brancas mais próximas da Terra poderá detetar um ou mais planetas habitáveis.

Para os investigadores, o melhor método para encontrar tais planetas é procurar um trânsito, uma estrela que escurece quando um planeta na sua órbita passa na sua frente. Uma vez que uma anã branca tem aproximadamente o mesmo tamanho da Terra, um planeta como o nosso pode bloquear muito da sua luz e emitir assim um sinal claro da sua existência.

Apenas as atmosferas dos planetas em trânsito podem ser estudadas, segundo os cientistas. Quando a luz da anã branca brilha através do anel de ar que circunda a silhueta do planeta, a sua atmosfera absorve parte da luz da estrela e assim pode-se observar os traços químicos que mostram se o ar contém vapor de água ou até mesmo condições propícias para a vida como a conhecemos, como o oxigénio.

Os astrónomos estão particularmente interessados na busca de oxigénio, porque o oxigénio na atmosfera da Terra é constantemente reabastecido, através da fotossíntese, pela vida vegetal. Se a vida cessar na Terra, a atmosfera perderia rapidamente o oxigénio, que seria dissolvido nos oceanos e oxidaria a superfície. Assim, a presença de grandes quantidades de oxigénio na atmosfera de um planeta distante poderia sinalizar a possível presença de vida.

O Telescópio Espacial James Webb (JWST, sigla em inglês), da NASA, previsto para ser lançado no final desta década, pode ser uma ferramenta definitiva para a deteção dos gases presentes em tais planetas. Loeb e Maoz criaram uma simulação que replica o que o telescópio seria capaz de ver ao observar um planeta habitável na órbita de uma anã branca. Eles descobriram que tanto oxigénio como vapor de água seriam detetáveis com apenas algumas horas de observação. O "JWST oferece a melhor esperança de encontrar um planeta habitado num futuro próximo", diz Maoz.


Cientistas calculam órbita de meteorito russo


A tragetória do asteróide que caiu em Cheliabinsk apresentada a azul, com as iniciais ChM Fotografia © DR

O meteorito de Cheliabinsk é da família de um conjunto de asteróides denominados Apollo, cuja órbita cruza a da Terra apesar de a maior parte do tempo estarem fora desta. Há pelo menos outros 5200 do género, dizem os astrónomos.

A órbita do asteróide, cuja onda de impacto ao cair perto da cidade russa de Cheliabinsk a 15 de fevereiro causou mais de mil feridos, foi calculada por dois cientistas colombianos, com base nos inúmeros vídeos amadores que captaram a sua entrada na atmosfera.

Recorrendo a simples trigonometria, Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin, da Universidade de Medellin, calcularam a altura, velocidade e posição do meteorito quando caiu na Terra. Colocando os dados num software de astronomia desenvolvido pelo Observatório Naval dos EUA, conseguiram reconstruir a órbita do asteróide.

Este pertence a uma família conhecida como Apollo, que cruzam a órbita da Terra. Os asteróides Apollo são um dos tipos dos NEA (Near Earth Asteroid - Asteróides Próximos da Terra), que inclui ainda os Amor e os Atenas.

Os asteróides Amor têm uma órbita entre Terra e Marte, podendo cruzar ocasionalmente a do Planeta Vermelho, mas nunca a do nosso planeta. Os asteróides Atenas têm órbitas cujo afélio (ponto em que estão mais afastados do Sol) é superior ao periélio da Terra (ponto em que a Terra está mais próxima do Sol).

No caso dos asteróides Apollo, como o que caiu em Cheliabinsk, o seu periélio é inferior ao afélio da Terra. Dos cerca de 9700 NEA descobertos até agora, cerca de 5200 são Apollos.

Em relação à origem do asteróide, os astrónomos suspeitam que tenha vindo da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sexo, dinheiro e poder por trás da renúncia do Papa, diz jornal

 
O conteúdo do relatório sobre o escândalo conhecido como Vatileaks, entregue ao Papa Bento XVI em dezembro passado, teria sido devastador, a ponto de levar à renúncia do Pontífice, segundo o "La Repubblica".

De acordo com o jornal italiano, ao abandonar o cargo, o Papa pretendia possibilitar a entrada de um líder mais jovem e forte para fazer uma limpeza no Vaticano.

O dossiê de 300 páginas, contendo a investigação completa sobre o vazamento de documentos secretos da Santa Sé, revelaria disputas de poder, relações homossexuais e mau uso de dinheiro.

 "La Repubblica" afirma que Bento XVI teria decidido neste dia que deveria se demitir. "O dossiê será entregue ao próximo Papa, que deverá ser mais forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que espera", diz o jornal.

 - Tudo gira em torno da observação do sexto e sétimo mandamento - afirmou o jornal, citando uma pessoa muito próxima a um dos autores do relatório. "Não cometerás atos impuros", proclama o sexto mandamento, "Não furtarás", diz o sétimo.

 O jornal lembra que já em 2010 teria vindo à tona um escândalo que mostrou a existência de seminaristas que se prostituíam, de um membro do coro do Vaticano que atuava como cafetão.

 A história tinha como protagonista Angelo Balducci, o presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, que teve seu telefone interceptado por suspeita de corrupção.

 Durante a investigação, foi descoberto que Balducci conversava com frequência com um membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrosanta Basílica Papal de São Pedro no Vaticano -um nigeriano chamado Chinedu Thiomas Eheim - que oferecia serviços sexuais com jovens.

 "Só te falo que tem dois metros de altura, pesa 97 quilos, tem 33 anos e é completamente ativo", disse o membro do coro vaticano a Balducci em uma das conversas interceptadas.

 Os encontros sexuais, segundo assegura "La Repubblica" citando a investigação judicial, aconteceram em uma vila fora de Roma, em uma sauna, em um centro estético, no próprio Vaticano e em uma residência universitária que seria a casa de Marco Simeon em Roma, um jovem de 33 anos que acumulou um enorme poder à sombra da cúpula de São Pedro.

 O jornal "La Repubblica" fala da possível existência de um "lobby gay" dentro do Vaticano, "uma rede transversal unida pela orientação sexual".

 Segundo a publicação, pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada, lida em voz alta no apartamento do Papa.

 E pela primeira vez se falou, ainda que em latim, da palavra "influentiam" (chantagem), lembra a reportagem, fazendo referência às conclusões finais do documento exposto ao Papa.

 fonte: Yahoo!
 

Fundeador romano encontrado em escavações em Lisboa

 
Escavações arqueológicas na praça D. Luís, em Lisboa, revelaram um fundeador romano, com mais de 2000 anos, um achado raro e extraordinário, que reflete, de forma muito rica, a história da cidade, salientou à Lusa o arqueólogo Alexandre Sarrazola. 

O fundeador, como é designado no meio arqueológico, é um espaço à beira da costa, onde os navios ancoravam temporariamente para descargas, trânsito de passageiros e para concretizarem várias operações, como reparações. Este fundeador é datado pelo arqueólogo, entre o século I antes de Cristo e o século V.

"Esta zona, agora a 100 metros de distância da atual rua da Boavista, então zona de praia, constituía uma pequena baía onde os navios romanos fundeavam" e, no trânsito de cargas e passageiros, deixaram cair matérias ou até se libertaram delas.

Estes materiais que o lodo ajudou a preservar, permitem hoje determinar "uma dinâmica comercial, que dá já conta de Lisboa como uma placa giratória na economia do Império Romano, e já nos dá uma dimensão atlântica".

O arqueólogo lidera uma equipa que há dois anos escava esta área, na zona do Cais do Sodré, e que será um futuro parque de estacionamento.

Esta campanha de escavações trouxe à luz do dia outras realidades posteriores ao Império Romano, como navios do século XVII e uma grade de maré.

O fundeador é "um achado inusitado pela sua raridade", disse Sarrazola, que sublinhou a sua importância "do ponto de vista cientifico" pelos "contributos para a nossa história".

O arqueólogo referiu-se ao achado como "inestimável e de uma raridade notável".

Dados os materiais encontrados, de diferentes origens, e o contexto arqueológico encontrado, levam Sarrazola a argumentar que "a diversidade cultural, que nos enriquece e caracteriza, esse mosaico de influências, pode ser ancorado em tempos mais antigos, certamente da ocupação romana".

Entre os artefactos romanos há ânforas de várias produções, desde o interior da Hispânia ao Sul da Gália, Norte de África e até da Península Itálica, além das ânforas de fabrico na Lusitânia.

Estas ânforas eram os "contentores da época, nomeadamente, neste caso, para preparados de peixe, nomeadamente sardinha", de que se conhecem fábricas de salga na atual baixa e zona de Belém, explicou o arqueólogo Jorge Parreira, que integra a esquipa de escavações.

"As ânforas tinham, em média, a capacidade 45 litros, eram produzidas na Lusitânia, nomeadamente na margem sul do rio Tejo", mas foi também encontrada uma ânfora de finais do século I antes de Cristo, "que transportaria, provavelmente, vinho de Itália", referiu Jorge Parreira, arqueólogo da equipa.

Foram também encontrados artefactos de cerâmicas sigilatas, nomeadamente da baixela de consumo dos próprios navios, ou para consumo das elites locais que "não seriam tão abastadas quanto isso", disse Sarrazola

No espaço escavado, foi encontrada "uma sucessão de estruturas arquitetónicas e portuárias que refletem, de uma forma muito rica, a História de Lisboa".

O arqueólogo referenciou as diferentes estruturas encontradas, do século XIX para períodos mais recuados: "O famoso aterro da Boavista de 1855-1863, os alicerces da fundição do Arsenal Real, a estrutura portuária da Casa da Moeda, esta do século XVIII, a estrutura portuária do Forte de S. Paulo, do século XVII, e coevos desta época, uma outra pequena estrutura portuária e uma grade de maré ou rampa de estaleiro".

Esta grade de maré serviu de protetor destes vestígios romanos, quando do maremoto que se seguiu ao terramoto de 1755, disse o arqueólogo.

Dada a importância dos achados arqueológicos encontrados, Alexandre Sarrazola alertou para a necessidade de "uma articulação entre a política de património e a de ordenamento de território, nomeadamente quando são revistos os Planos Diretores Municipais ou quando se fazem planos de pormenor". Nesses casos, adiantou, "é fundamental ter-se em conta, particularmente na zona ribeirinha de Lisboa, a probabilidade da reincidência de achados desta natureza".

Para Sarrazola, "este tipo de intervenções" arqueológicas e os estudos que delas resultam só fazem sentido "se forem amplamente divulgados e se servirem para contar uma história para todos, de um passado que é de todos, e se sedimentarem aquilo que é uma memória coletiva".

"Só faz sentido fazer arqueologia quando essa arqueologia entronca na memória coletiva", rematou.

fonte: Diário de Noticias
 

Criatura marinha lança debate na Califórnia



Autor da imagem diz tratar-se de baleia, mas há quem defenda que é um leão-marinho

O debate está instalado: afinal, o que é que aparece na fotografia que o norte-americano George McKamy tirou há uma semana, quando fazia uma caminhada na margem de um rio? As teorias dividem-se.

De acordo com a cadeia de televisão ‘News 10’, o espanto está com o fato do ser ainda por identificar ter sido fotografado num rio em Sacramento, no estado da Califórnia, e não no mar.

Ouvido pela mesma estação, o autor da imagem defende que se trata de uma baleia e que o viu à tona apenas por breves segundos, o que levou a inúmeras críticas. Há também quem alegue que é um leão-marinho.

Esta última tese é considerada pouco viável mas não impossível.

Na mesma reportagem, que aguçou a curiosidade dos norte-americanos adeptos de conspirações e fenómenos bizarros, foi ouvido o presidente do Departamento de Pesca e Vida Selvagem do estado, Patrick Foy, que deu conta desta (escassa) probabilidade de o animal ter-se afastado do mar.

fonte: Correio da Manhã
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Poderia o nosso Universo acabar engolido por outro?


O mais provável é que a expansão e a diluição do Cosmos prossigam sem sobressaltos até nada restar NASA / AFP

Há quem defenda que a recente determinação da massa do bosão de Higgs torna possível um cenário de destruição do Universo. Mas também há quem duvide

"É possível que o Universo em que vivemos seja intrinsecamente instável e que, a dada altura, daqui a dezenas de milhares de milhões de anos, venha de repente a ser varrido sem deixar rasto", afirmou, em Boston, um físico teórico norte-americano, Joseph Lykken, do Fermilab (EUA). O cientista fez esta declaração aos jornalistas na segunda-feira, quase no fim do congresso anual da AAAS (American Association for the Advancement of Science), à margem da sua conferência sobre os mais recentes resultados acerca do bosão de Higgs, noticiou a Reuters.

O fim do Universo não constitui propriamente uma ameaça para nós ou o planeta, visto que a Terra terá desaparecido muito antes, quando o Sol esgotar o seu combustível, daqui a uns 4,5 mil milhões de anos. Porém, isso não tem impedido os especialistas de imaginar uma série de possíveis cenários. E embora o mais provável seja que a expansão e a diluição do Cosmos prossigam sem sobressaltos até nada dele ficar, existem teorias mais apocalípticas, entre as quais se inclui a que foi agora evocada por Lykken.

Lykken falou do fim do Universo no mesmo dia em que o LHC - o grande esmagador de protões do CERN, perto de Genebra, na Suíça, onde o bosão de Higgs foi descoberto no ano passado - fechou por dois anos para uma renovação de fundo. E de facto, a "profecia" deste cientista, que também faz parte da equipa do LHC, tem tudo a ver com a descoberta do Higgs, uma vez que a estimativa da massa desta partícula é hoje muito mais certeira. A massa do bosão de Higgs ronda, sabe-se agora, graças aos dados produzidos pelo LHC, os 126 GeV (giga-electrão-volts).

O bosão de Higgs era a única partícula que faltava detectar para completar o elenco previsto pelo chamado Modelo-Padrão - a teoria que actualmente melhor descreve o mundo das partículas elementares. Teorizado há cerca de 50 anos, o Higgs só existe materialmente durante brevíssimos instantes, quando é criado numa colisão de protões dentro do LHC. No entanto, desempenha um papel no mínimo fundamental: confere massa às outras partículas, sendo por isso directamente responsável pela existência da matéria tal como a observamos todos os dias - nas galáxias, nas estrelas e nos planetas, mas também em nós próprios e em todos as coisas que nos rodeiam.

Mas acontece que, conhecendo-se a massa do bosão de Higgs - e daí, o valor de todos os parâmetros do Modelo-Padrão -, torna-se possível utilizar esse modelo para "calcular" o destino do Universo. Foi o que motivou as declarações de Lykken: "Esse cálculo diz-nos que, daqui a muitas dezenas de milhares de milhões de anos, vai acontecer uma catástrofe", explicou o cientista. "Uma pequena bolha de algo a que poderíamos chamar de universo "alternativo" irá surgir algures, expandir-se e destruir-nos." O fenómeno, que segundo a teoria em causa se verifica ciclicamente devido à instabilidade inerente do vácuo (designado por isso de "falso vácuo") irá desenrolar-se à velocidade da luz, dando origem a outro Universo que nada terá a ver com o actual.

Mas qual é, na realidade, a probabilidade de que as coisas se passem efectivamente dessa maneira? Peter Woit, físico e matemático da Universidade de Columbia (Nova Iorque), acha que se trata de um cenário muito pouco realista. "Para acreditar que este cálculo reflecte a realidade", disse Woit ao PÚBLICO, "seria basicamente preciso acreditar que não existe uma nova física, ainda desconhecida, muito para além dos níveis de energia acessíveis ao LHC. E também seria preciso acreditar que o cálculo [de Lykken] não será afectado pela gravitação quântica, que não percebemos mas que sabemos deve tornar-se importante a níveis de energia muito elevados". É um facto que a generalidade dos físicos acha que o Modelo-Padrão é um modelo incompleto, que está longe de conseguir prever tudo.

"O cenário de que Lykken fala", diz ainda Woit, "deriva de uma extrapolação para níveis de energia milhões de milhões de vezes superiores a tudo o que somos capazes de medir, utilizando um cálculo que temos todas as razões de pensar não é fiável a esses níveis. Portanto, as pessoas podem ficar descansadas..."

fonte: Público

Tubarão usa manto da invisibilidade para fugir a predadores


O primeiro estudo detalhado sobre o tubarão lanterna esplêndido (Etmopterus splendidus) revela que o animal não só brilha no escuro, como os seus efeitos luminosos criam um "manto da invisibilidade" que o protege dos predadores.

A pesquisa é a primeira a documentar a presença do tubarão nas águas das ilhas Okinawa, no Japão. Até agora, só se sabia da sua existência no Mar da China Oriental, no sul do Japão.

A peculiaridade do animal chamou à atenção dos investigadores. Embora possua uma envergadura pequena, o tubarão lanterna é capaz de produzir um espetáculo de luz natural, possibilitado por órgãos emissores de luz, chamados fotóforos, que o protegem do ataque de possíveis predadores.

"Os fotóforos substituem a luz do sol, que é absorvida pelo corpo do tubarão", explica a cientista Julien Claes, que estudou o peixe em cativeiro. "A silhueta do tubarão, portanto, desaparece quando vista de baixo", diz, citado pela BBC.

Análises revelaram que cada exemplar possui nove zonas luminosas distintas, que contribuem para a eficácia do "manto da invisibilidade". As zonas mais brilhantes do corpo do tubarão localizam-se nos órgãos sexuais, na barriga, na cauda e na zona peitoral do tubarão.

A sua luminescência manifestou-se devido ao habitat do tubarão lanterna esplêndido, que vive e se reproduz entre 200 a 1.000 metros abaixo da superfície, em áreas com níveis de luz extremamente baixos.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Astronomia ajuda a identificar cancros mais agressivos


Oncologistas britânicos recorreram à astronomia para identificar as marcas pouco visíveis dos tumores mais agressivos, revela um estudo hoje publicado na revista "British Journal of Cancer", do grupo 'Nature'.

Os cientistas, do Instituto de Cambridge para a Investigação do Cancro, conseguiram adaptar os sistemas informáticos desenvolvidos pelos astrónomos para encontrar galáxias longínquas à análise de imagens de cancros.

O astrónomo Nicholas Walton, da Universidade de Cambridge, explicou que os programas informáticos utilizados servem para "a análise de imagens de forma a procurar planetas que possam albergar vida fora do Sistema Solar".

Depois de adaptar aquele software, os oncologistas empregaram a mesma técnica para medir os níveis de três proteínas em amostras de cancro da mama de mais de 2.000 pacientes.

A forma convencional de detetar os tumores agressivos passa por tingir células manualmente para que se possam distinguir proteínas específicas.

Os investigadores compararam então o método tradicional e o método importado da astronomia e concluíram que o sistema automatizado era pelo menos tão preciso como o manual, mas muito mais rápido: "Os resultados foram inclusive melhores do que o esperado", sublinhou o cientista que liderou a investigação, Raza Ali.

"O novo sistema permite analisar até 4.000 imagens por dia", disse outro cientista, Carlos Caldas.

Após a publicação dos resultados da investigação, a equipa planeia outro estudo "maior e à escala internacional" que envolva mais de 20.000 doentes com cancro da mama, afirmou Ali.

"Esta improvável colaboração entre astrónomos e oncologistas é um exemplo pioneiro de como o trabalho em equipa de cientistas de diferentes disciplinas pode trazer novas soluções para vencer o cancro", destacou outra cientista do instituto, Julie Sharp.


Curiosity descobre que o interior de Marte é cinzento


Curiosity recolhendo as primeiras amostras cinzentas do subsolo marciano Fotografia © Reuters

O planeta vermelho, só é vermelho por fora. O robô norte-americano Curiosity conseguiu extrair uma rocha cinzenta do interior do planeta. Esta operação representa um feito histórico já que é a primeira vez que a NASA consegue recolher uma amostra do interior de um planeta.

"A equipa científica está muito emocionada com o facto de estas amostras não serem da cor vermelha que associamos ao planeta Marte", afirmou Joel Hurowitz, responsável pelo sistema de recolha de amostras do Curiosity.

Segundo o jornal espanhol "ABC", para o períto da NASA "a cor vermelha do planeta deve-se à oxidação do ferro contido nas rochas e quando se explora abaixo da superfície consegue-se ver mais do que revelam as camadas superfíciais".

Os investigadores acreditam que a amostra agora recolhida terá indícios de que no passado poderá ter havido água em Marte e por conseguinte, o planeta poderia ter tido condições para permitir formas de vida.

A pequena rocha extraida pelo Curiosity mede apenas 1,6 centímetros de diâmetro, é de origam sedimentária e será analizada por um instrumento chamado "In-Situ Martian Rock Analysis".

A equipa da NASA chamou a esta amostra histórica "John Klein", em homenagem ao responsável adjunto do programa Curiosity, falecido em 2011.


Descoberto exoplaneta do tamanho da Lua



Cientistas da missão Kepler da NASA descobriram hoje um novo sistema planetário, que tem o mais pequeno planeta a orbitar uma estrela semelhante ao Sol, anunciou a agência espacial norte-americana em comunicado.

O sistema, chamado Kepler-37, tem três exoplanetas (planetas fora do sistema solar) e está localizado a cerca de 210 anos-luz da Terra, na Constelação de Lira.

O mais pequeno dos exoplanetas, o Kepler-37b, é ligeiramente maior do que a Lua e tem um terço do tamanho da Terra. No entanto, é mais pequeno do que Mercúrio, o que tornou a sua descoberta um desafio para os astrónomos.

A missão com o telescópio Kepler procura planetas do tamanho da Terra perto, ou mesmo dentro, da "zona habitável", região de um sistema planetário onde água em estado líquido poderá existir à superfície de um planeta a orbitar uma estrela.

Contudo, apesar de a estrela em Kepler-37 pertencer à mesma classe do Sol, ainda que mais pequena e fria, o novo sistema planetário descoberto parece ser bastante diferente do sistema solar.

Astrónomos creem que o planeta Kepler-37b, provavelmente rochoso, não tem atmosfera e não pode suportar vida.

No seu conjunto, os três exoplanetas orbitam a mesma estrela, a uma distância inferior à que separa Mercúrio do Sol, o que sugere que são muito quentes e inóspitos.

Os primeiros exoplanetas descobertos por cientistas a orbitarem uma estrela eram enormes.

Porém, à medida que a tecnologia foi avançando, foram detetados planetas fora do Sistema Solar cada vez mais pequenos. A missão Kepler revelou, segundo a NASA, que até os exoplanetas do tamanho da Terra são comuns.

Tem quase o mesmo tamanho que a "nossa" Lua, mas falta-se a água e a atmosfera para produzir vida. Kepler-37-b faz parte de um sistema com outros exoplanetas que orbitam à volta de uma estrela parecida com o Sol (Kepler-37), situado a 210 anos luz da terra, numa constelação chamada Lira.

A nave Kepler, lançada em 2009 pela NASAm, tinha como objetivo descobrir novos planetas rochosos que pudessem criar vida, e descobriu três mundos quando passava perto de uma estrela muito mais fria que o Sol, a que chamaram de Kepler-37.

O órbita do "novo planeta" tem uma duração de 13 dias e uma temperatura que atinge os 400º C.


Robô "Super-girafa" substitui trabalhadores de Fukushima

A central nuclear de Fukushima.

A central nuclear de Fukushima

imagen

O grupo japonês Mitsubishi Heavy Industries (MHI) apresentou um robô, a que deram o nome de "Super-girafa", que irá ser utilizado na central nuclear de Fukushima e é capaz de transportar e mover objetos de grande peso.

Este robô foi criado para conseguir lidar com a grande radioatividade existente nos edifícios, que torna impossível a presença de seres humanos no local. A máquina é capaz de desempenhar tarefas pesadas num ambiente prejudicial para o Homem, como é o caso da central de Fukushima.

O robô é telecomandado e oficialmente conhecido por "ICM Super-girafa (MARS-C)", tem 2,25 metros de comprimento e 80 centímetros de largura, tal como noticia a AFP.

O aparelho tem capacidade para levantar um objeto até 150 quilos a 8 metros de altura. A máquina, que tem um braço com sete articulações, é capaz de abrir e fechar válvulas mecanicamente. Utiliza uma bateria de iões de lítio recarregável, permitindo à máquina funcionar durante 5 horas seguidas.

O robô faz parte de um programa de investigação do Ministério da Indústria do Japão, criado para responder às necessidades da central nuclear de Fukushima, vítima do terramoto e do tsunami de 11 de Março de 2011 no Japão.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cinco teorias conspiratórias para a renúncia do Papa


Multiplicam-se hipóteses sobre o real motivo da desistência de Bento XVI em continuar no comando dos católicos.

"Mesmo se eu saísse agora, em oração, estarei sempre perto de vocês, e tenho certeza que vocês vão estar perto de mim, mesmo se eu ficar escondido do mundo."

Com essas palavras o Papa se despediu dos bispos e sacerdotes do Vaticano, depois de ter renunciado ao cargo no dia 11 de fevereiro.

Mas o que poderia fazer o Papa querer se esconder do mundo? Desde o anúncio, surgem teorias de conspirações para tentar justificar a abrupta decisão do pontífice.

O que fica evidente frente as teorias, é que, se verdadeiras, mesmo não tendo relação direta com a renúncia, ter que lidar com qualquer uma delas (ou mais de uma) deve ser um fardo bem stressante para um senhor de 85 anos.


Relacionamos cinco que circulam por alguns meios de comunicação:


1. Complô de cardeais, que perderam poder e acesso ao dinheiro da Igreja quando Ettore Gotti Tedeschi, ex-Santander e filiado a Opus Dei, foi indicado em 2009 pelo Papa para presidir o Instituto para as Obras de Religião - o banco do Vaticano.

O complô teria sido articulado pelo secretário de Estado Monsenhor Bertone, incomodado por Tedeschi ter supostamente descoberto contas secretas para lavar dinheiro de corrupção e da máfia.

O banqueiro passou a ser investigado por lavagem de dinheiro pela polícia italiana e foi demitido sumariamente em 2012. O Papa, com a aprovação de uma comissão de cardeais, acabou de indicar o advogado alemão Ernst von Freyberg como novo presidente do banco. (fonte)


2. Contas secretas em paraísos fiscais para esconder dinheiro que a Igreja ganhou quando apoiou o fascismo de Mussolini. Segundo o The Guardian, são quase US$ 800 milhões em nome de empresas laranjas, que estariam usando o dinheiro para comprar propriedades no Reino Unido, França e Suíça.

Uma intrincada estrutura de companhias offshore acoberta seus verdadeiros donos. Os jornalistas David Leigh, Jean François Tanda e Jessica Benhamou seguiram alguns rastos do dinheiro e chegaram até uma empresa da qual o Vaticano é dono, a suíça Profima SA. (fonte)


3. Em 2012 foi descoberto que o então mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele, estava roubando documentos secretos da Igreja, no episódio que passou a ser chamado de Vatileaks.

Não se pode afirmar com certeza qual a totalidade dos segredos desviados, mas o jornalista Gianluigi Nuzzi, que recebia os documentos de Gabriele, lançou no ano passado o livro "Sua Santidade - As Cartas Secretas de Bento XVI" (lançado no Brasil pela Leya), onde relata corrupção, lavagem de dinheiro, intrigas e conspiração entre grupos rivais dentro da Igreja, e até uma tabela de subornos para quem quisesse marcar uma audiência com a Sua Santidade.

Após o escândalo, o Vaticano contratou o jornalista Greg Burke, membro da Opus Dei e que já trabalhou na Time, Reuters e Fox News, para tentar limpar a imagem da Igreja. (fonte)


4. Novos escândalos sexuais estão para ser revelados. Num dos casos, que teria ocorrido nos anos 80, um padre ligado ao então chefe da Arquidiocese de Munique e Frisinga, Joseph Ratzinger (futuro Bento XVI), foi transferido para se tratar com terapia depois de ser acusado de molestar garotos. (fonte)


5. Papa estaria com doença terminal e deve morrer dentro de alguns meses. Especula-se que seja Parkinson ou Leucemia. O Vaticano nega. (fonte)

fonte: Galileu

Exumação da família real brasileira desmente mitos


A arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel e o crânio de D. Pedro I


Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, e suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia




O esqueleto de D. leopoldina


O esqueleto de D. Pedro I

Investigadores brasileiros exumaram os corpos de membros da família imperial e fizeram uma série de exames que desmentem mitos sobre a morte de Dona Leopoldina, além de revelarem facetas da vida do primeiro imperador do Brasil.

De acordo com o investigador Paulo Saldiva, professor titular da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), a ossada de Dona Leopoldina, primeira mulher de D. Pedro I do Brasil [D. Pedro IV, em Portugal] não possuía marcas de fraturas, o que desmente a versão de historiadores que apontam uma queda, em consequência de uma discussão com o marido, como causa da morte.

"Existia uma versão, não sei com que base, de que a morte dela teria sido ocasionada por uma fratura, gerada numa queda depois de uma discussão com D. Pedro [que a teria empurrado]. Pode ter ocorrido a queda, mas não o suficiente para que isso causasse a morte", reforça o patologista responsável pelos exames.

Já na ossada de D. Pedro IV foi possível observar duas fraturas associadas a acidentes de equitação. O detalhe ajudou a equipe a entender ainda o que terá ocasionado o diagnóstico, anos mais tarde, relativo ao mau funcionamento de um de seus pulmões.

"Numa dessas fraturas, provavelmente foi atingido o pulmão, mas não foi diagnosticado na hora e isso gerou o pneumotórax [quando uma lesão na pleura faz com que um dos pulmões 'cole' ou 'murche', na linguagem popular]", explica.

Alguns anos após o acidente, uma autópsia feita no Porto aponta que um dos pulmões do imperador estava totalmente fechado. A causa de sua morte terá sido uma tuberculose.

Para o investigador, os exames permitem aproximar a história do "indivíduo", mostrando que este ainda manteve a "coragem" e disposição para enfrentar "grandes batalhas" mesmo diante da necessidade de maior esforço, que certamente passou a sentir após a lesão.

D. Pedro foi o responsável por conseguir a independência do Brasil em relação a Portugal, em 1822. O filho de D. João IV e Carlota Joaquina ainda regressou a Portugal, tendo sido coroado como D. Pedro IV, em 1826. Pouco tempo depois, o monarca abdica do trono a favor de sua filha, Dona Maria II.

Já o corpo de Dona Maria Amélia, sua segunda esposa, era o melhor conservado porque foi único dos três a ter sido embalsamado. Na avaliação do pesquisador, os corpos não foram conservados com o cuidado que mereciam.

"Continuo a achar que o Brasil podia ter cuidado um pouco melhor desses personagens. Percebemos que embalsamar não era um costume da família real, não temos informação de como foi feita a de Dona Amélia, provavelmente foi feita em França", completa.

O trabalho foi realizado com a autorização de descendentes da família real no Brasil e os corpos já foram repostos nas respectivas sepulturas.

A análise cadavérica foi feita separadamente em cada um dos corpos, ao longo de uma única noite, e precisou de planeamento e esforço especiais para garantir o retorno dos restos mortais em perfeito estado.

"Durante a abertura das covas a família estava presente, havia padre. Era importante garantir o transporte adequado, até pela má conservação do esqueleto. Não podíamos retirar ossos e devolver um saquinho de pó", ressaltou.

As ossadas passaram por biópsias e exames radiológicos que permitirão ainda, no futuro, a reconstituição da face, altura e até movimentos em hologramas (imagens tridimensionais).

O trabalho foi dirigido pela historiadora e arqueóloga brasileira Valdirene do Carmo Ambiel.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Meteoritos podem ter relação com asteroide


Força gravitacional da Terra pode ter atraído um pedaço do asteroide, gerando a chuva de meteoritos na Rússia.

A chuva de meteoritos que atingiu a Rússia e deixou mais de 400 feridos nesta manhã pode estar relacionada ao asteroide 2012 DA 14, que deve passar a 27 mil km da Terra, às 17h25 desta sexta-feira, num trajeto próximo ao planeta.

O professor Fernando Roig, do Observatório Nacional, disse em entrevista à Radio BandNews FM, que ainda não se pode "cravar" que os eventos estejam relacionados, mas que é possível, já que a ação gravitacional da Terra pode ter atraído pequenos pedaços do asteroide. 

“Quando um o corpo passa muito perto da Terra, a atração gravitacional do planeta gera forças no corpo, o que pode fazer com que um pedacinho dele se desprenda e gere uma trajetória um pouco diferente”, explicou.

A transmissão da passagem do asteroide poderá ser acompanhada pela internet através dos endereços http://www.nasa.gov/ntv e do http://www.ustream.tv/nasajpl2.

Rússia

Vários meteoritos caíram na manhã desta sexta-feira na região russa dos Urais, acompanhados por clarões incandescentes e violentas explosões, derrubando paredes e janelas, provocando pânico e ferindo ao menos 400 pessoas, três delas com gravidade.

A possibilidade mais concreta, para Roig, é de que o meteoro não tenha se chocado diretamente contra o chão na Rússia, mas que tenha apenas passado perto: “quando um objeto entra na atmosfera e passa muito baixo pode provocar uma onda de choques”.

Falta de previsão

Como o meteoro era muito pequeno, com cerca de 1 a 2 metros, não foi possível a previsão pelos observatórios, explicou o professor. “Temos uma capacidade de observação limitada, não conseguimos observar objetos muito pequenos; o telescópio não vê”.

fonte: Band

Imagem mostra buraco de 6 metros após queda de meteorito na Rússia


Autoridades informaram que o meteorito caiu num lago congelado / Foto: AFP

O Departamento de Polícia da região russa de Chelyabinsk divulgou imagem de um buraco de aproximadamente 6 metros num lago congelado onde o meteorito que causou pânico nesta sexta-feira na Rússia teria caído.

O governo local informou, em comunicado, que o meteorito caiu no lago localizado fora nas proximidades da cidade de Chebakul. 

As autoridades da região contabilizaram ao menos 950 pessoas feridas, a maioria por estilhaços de vidraças.

Cerca de 300 edifícios foram atingidos, incluindo escolas. As aulas foram suspensas, mas o governo desmentiu os rumores de uma "segunda onda" de meteoritos. Um plano de evacuação em massa está descartado.

De acordo com o órgão central da região de Chelyabinsk, sesi centros populacionais foram os mais afetados: Emanzhelinsk, Etkul, Kopeysk, Korkino, Yuzhnouralsk e Chelyabinsk.

"Este é um caso único na história da astronomia devido ao grande número de feridos na queda do meteorito", disse Andrei Tunguska, especialista em meteoritos a emissoras locais. 

Organizações da sociedade civil já começaram a levantar fundos para as vítimas. Um movimento de voluntários de Ekaterinburgo anunciou uma campanha para beneficiar orfanatos em Chelyabinsk.

Após o estado de emergência, muitas lojas da cidade notaram um aumento significativo das vendas de alguns materiais. As pessoas correram para comprar vidro, polietileno e janelas de plástico.

Queda do meteorito

Explosões no céu da região dos Montes Urais, na Rússia, geradas pela queda de um meteorito, causaram pânico e danos em ao menos seis cidades e deixaram pelo menos 950 pessoas feridas.

Testemunhas disseram que casas estremeceram, janelas explodiram, a energia elétrica falhou em alguns locais e os telemóveis pararam de funcionar.

O fenómeno atmosférico gerou consequências nos municípios de Chelyabinsk, Yekaterinburg e Tyumen, entre outros.

A Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) confirmou que o evento não tem relação com o asteroide 2012 DA14, que deve passar próximo à Terra nesta sexta-feira.

fonte: Terra

Meteorito que fez quase mil feridos caiu a 30 km/segundo



































O Governador da região de Cheliabinsk, Mikhail Lourevitch, anunciou que o número de feridos provocado pela queda do meteorito na região dos Montes Urais subiu para 950. Entre as vítimas há 82 crianças, duas das quais estão internadas nos cuidados intensivos, avança a Sky News.

VEJA AQUI UM VÍDEO COM IMAGENS DA QUEDA DO METEORITO:



O Ministério para Situações de Emergência da Rússia tinha anteriormente relatado um total de 524 feridos, tendo agora o Governador avançado, à agência RIA Novosti, um número que quase duplica as vítimas.

O meteorito caiu, hoje de manhã, a cerca de 80 quilómetros da cidade de Tcheliabinsk, na região com o mesmo nome, explicou um porta-voz governamental à agência Interfax. Os militares russos terão já encontrado uma cratera de seis metros de diâmetro, onde terá caído o meteorito.

As autoridades indicaram que o meteorito caiu a 30 quilómetros por segundo, tendo-se desintegrado em vários "pequenos fragmentos" antes de atingir a superfície do planeta.

A Academia Rússia de Ciências disse que o meteorito pesava dez toneladas antes de entrar na atmosfera terrestre, segundo o site RT, ligado à Novosti TV. A mesma fonte indicava que o meteorito teria explodido pelo menos nove vezes antes de atingir a Terra.

O exército russo foi obrigado a desmentir quaisquer ações relacionadas com a queda do meteorito: "O ministério da Defesa russo não tomou qualquer ação relacionada com o incidente. Não foram detetados no ar quaisquer aeronaves em nenhum período de tempo", esclareceu o ministério em comunicado. Quando se deu o incidente existiram relatos não confirmados que acusavam os militares de terem disparado contra o meteorito, que se desintegrou.

O fornecimento de gás foi cortado em centenas de casas na região e, segundo a agência noticiosa russa RIA Novosti, estima-se que mais de 20 mil trabalhadores de equipas de salvamento tenham sido mobilizados para o local.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, declarou, no Fórum Económico Internacional de Krasnoiarsk, esperar que as consequências da chuva de meteoritos "não sejam graves".

"Não obstante, é uma prova de que não é só a economia que é vulnerável, mas todo o nosso planeta", frisou.

"Patrulhas reforçadas garantem a ordem pública nos edifícios atingidos e onde se registaram avarias e foram tomadas medidas para proteger a propriedade", acrescentou a fonte.

As autoridades locais encerraram todas as escolas e jardins de infância, devido ao facto de a maior parte terem ficado sem vidros nas janelas.

"Hoje, em Cheliabinsk, a temperatura é de 18 graus negativos, por isso decidimos encerrar todas as escolas e infantários", anunciou Guennadi Onischenko, dirigente dos serviços sanitários da Rússia.

Os cientistas não excluem a possibilidade de uma nova queda de meteoritos noutras regiões da Rússia ocorrer na noite de sexta para sábado.

Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo encarregado do setor militar-industrial, defendeu a necessidade de criação de um sistema de defesa contra "objetos extraterrestres" pelos maiores países do mundo.

"Hoje, nem a Rússia, nem os Estados Unidos têm possibilidade de abater meteoritos", sublinhou Rogozin.