sábado, 29 de junho de 2013

Ciência prevê novos continentes


Previsão do movimento da superfície terrestre. A imagem sugere que o continente sul-americano e a Eurásia se aproximem através do oceano Pacífico

Geólogos investigam o movimento das enormes camadas de rocha fundida, que até agora se julgavam estacionárias, para entenderem a transformação da superfície terrestre

Por baixo do continente africano e do oceano Pacífico, as enormes camadas de rocha fundida que se julgavam imóveis há cerca de 250 milhões de anos estão a ajudar a movimentar as placas tectónicas que constituem a crosta do nosso planeta.

Investigadores da Universidade do Havai estão a estudar este fenómeno que interfere com a formação da litosfera, a camada que constitui a superfície terrestre, e que é responsável pelo aspeto atual dos continentes, derivados do supercontinente Pangeia e das enormes cadeias rochosas, como os Himalaias, cuja formação é atribuída ao ‘choque’ do território indiano com a região asiática.


(a evolução da superfície terrestre, desde o supercontiennte Pangeia até às atuais massas continentais que hoej conhecemos)

Clinton Conrad, um dos geólogos responsáveis pelo estudo publicado esta quinta-feira no jornal ‘Nature’, afirma que “este conhecimento permite entender a dinâmica do manto terrestre no processo de regiões montanhosas e vulcânicas que se alteraram ao longo do tempo geológico”.

Os cientistas envolvidos neste estudo esperam ainda deduzir padrões de deriva das placas tectónicas através da análise do rumo que as separou ao longo das eras.

COREIA DO NORTE NO CENTRO DO NOVO MUNDO

A análise dos últimos 250 milhões de anos permitiu descobrir que as placas tectónicas estão a divergir a partir de duas zonas: África Central e no meio do Pacífico. Assim, poderá assistir-se à formação de um novo supercontinente, à semelhança de Pangeia, onde o ponto central será o território da Coreia do Norte.

Conrad refere ainda que a ambição deste estudo é conseguir chegar à análise de um tempo ainda anterior ao já analisado, “até 500 milhões de anos”, para perceber se estes movimentos já ocorreriam neste período.


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