domingo, 23 de junho de 2013

Discos voadores no Brasil agora são assunto oficial


A Ufologia progrediu imensamente nos últimos anos em todo o mundo, mas as mudanças mais notáveis talvez sejam as que encontramos no Brasil. 

Hoje, em escala global, o clima de mistério que antes pairava sobre o assunto vem sendo gradualmente dissipado com a intensa atividade dos ufólogos, que expõem evidências cada vez mais contundentes comprovando a presença alienígena na Terra. 

Em algumas nações eles chegam a fazer parte de ações governamentais dedicadas à pesquisa ufológica. Este é o caso do Uruguai, do Chile e da Argentina, por exemplo, que têm comissões oficiais de investigações de avistamentos de UFOs. 

No Uruguai, a Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores No Identificados (Cridovni) existe há nada menos do que três décadas e meia e funciona dentro da estrutura da Força Aérea Uruguaia (FAU), em Montevidéu. 

No Chile, o Comité de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA) está ativo desde 1997 e é subordinado à Direção Geral de Aviação Civil daquele país. 

E na Argentina, nos últimos três anos, o trabalho de pesquisa ufológica está a cargo da Comisión de Investigación de Fenómenos Aeroespaciales (CIFA), ligado à Força Aérea Argentina (FAA). 

Nestes três casos ufólogos civis tiveram seu trabalho reconhecido pelo governo e foram incorporados às iniciativa oficiais. O Brasil caminha para esta mesma situação. 

Desde 2004, quando a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) lançou, por meio da Revista UFO, a campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já”, os ufólogos do país vêm colecionando sucessivos êxitos em seus pleitos, permitindo a eles mostrar à sociedade que o Fenómeno UFO é uma questão de máxima importância e urgência. 

Este trabalho alcança as esferas militares e governamentais do país, que, com alguma surpresa, se mostraram significativamente receptivas ao debate com os investigadores. 

O primeiro êxito da campanha foi a visita inédita que os ufólogos brasileiros fizeram ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em maio de 2005, quando puderam averiguar centenas de documentos ufológicos antes secretos da Aeronáutica. 

Depois, de 2007 a 2010, os investigadores da CBU logram a proeza de fazer as Forças Armadas libertarem nada menos do que 4,5 mil páginas de novos documentos registando a ação na Terra de outras inteligências cósmicas, assim como de sua investigação oficial por nossos militares. 

Percepção de seriedade dos militares brasileiros quanto aos UFOs 

Ponto alto do movimento “UFOs: Liberdade de Informação Já” foi a emissão, pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, em agosto de 2010, de uma portaria no Diário Oficial da União deixando clara a percepção de seriedade que nossos militares têm da questão ufológica. 

A portaria, que levou o número GC3/551, datada de 09 de agosto, deixa claros os procedimentos que devem ser tomados pelos membros da Força Aérea Brasileira (FAB) quando receberem relatos de avistamentos de discos voadores no país, tanto partindo de civis como de militares, e em especial de pilotos. 

Primeiro, eles devem ser encaminhados e centralizados na sede Comdabra, que é o centro nevrálgico da defesa aérea no país. Depois, serão sumariamente enviados para o Arquivo Nacional, também na capital federal, para que estejam à disposição da sociedade. 

Isso nunca ocorreu antes na história de país algum do mundo e a publicação no Diário Oficial da União pode ser conferida aqui. Juniti Saito foi de extrema sabedoria em sua ação.

Assim, com iniciativas como as da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), o ambiente obscuro que antes caracterizava a Ufologia vai dando lugar a um clima de transparência, no qual se consegue ver de forma inquestionável que nossas autoridades civis e militares reconhecem aquilo que os ufólogos civis vêm falando há décadas. 

Ou seja, com ações concretas e estratégicas, a Ufologia Brasileira não apenas se faz ouvir como também se impõe e se faz respeitar nos meios governamentais do país. 

E agora, em 24 de junho, quando estamos prestes a comemorar 65 anos da Era Moderna dos Discos Voadores, seis décadas e meia de Ufologia, criada naquele dia do ano 1947, temos ainda mais novidades a celebrar. E a mais marcante é, sem dúvidas, a reunião ministerial de 18 de abril passado, também em Brasília. 

Na ocasião, a convite do Ministério da Defesa, ufólogos da CBU estiveram frente a frente com militares da Marinha, Exército e Aeronáutica para pedir não apenas a abertura total e definitiva dos arquivos secretos quanto a UFOs no país, como para que se crie um organismo oficial de pesquisa ufológica, a exemplo dos existentes no Uruguai, Chile e Argentina.

Trabalho sério de ufólogos determinados 

A reunião, que durou 70 minutos e ocorreu na sede do Ministério da Defesa, foi uma resposta à “Carta de Foz do Iguaçu”, lançada pela CBU e Revista UFO durante o IV Fórum Mundial de Ufologia, ocorrido em dezembro passado naquela cidade. 

Intermediada por seu secretário geral e pelo seu conselheiro legal, foi a primeira do género em todo o planeta. Simplesmente, nunca em lugar algum do mundo um órgão da administração federal de um país chamou ufólogos para uma conversa. 

E os resultados desse acontecimento ainda irão causar grandes benefícios à Ufologia Brasileira. Não apenas os membros das CBU receberam a promessa de que novas libertações de documentos secretos das Forças Armadas ocorreriam a qualquer instante, como ouviram do próprio secretário geral do Ministério que os ufólogos brasileiros terão “um canal aberto e desobstruído de comunicação com nossos militares sempre que precisarem de informações sobre a questão ufológica”. 

Isto é, sem nenhuma dúvida, algo memorável e de grande significado. Mas é, antes de tudo, o resultado de um trabalho sério de ufólogos determinados a colocar um ponto final na política de sigilo ao Fenómeno UFO. Confira os detalhes da reunião.


SOBRE O AUTOR 

A. J. Gevaerd é ufólogo brasileiro e editor da Revista UFO, a mais antiga revista sobre discos voadores em todo mundo. É presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), fundador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e idealizador da campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já”, que resultou na abertura ufológica brasileira. Já participou de mais de 700 investigações de campo e realizou milhares de conferências sobre o tema em todo o Brasil e mais de 50 países. É considerado um dos maiores especialistas do assunto.


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