quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Viajar até Marte é equivalente a efetuar 50 mil radiografias


Os seres humanos que no futuro viajarem até ao planeta Marte, terão de enfrentar múltiplos problemas, sendo um deles a radiação. Segundo a sonda norte-americana 'Curiosity', uma missão de 500 dias ao planeta vermelho, é o equivalente a efetuar 50 mil radiografias.

O 'Curiosity' da NASA mediu este níveis de radiação na cratera de Gale, onde se encontra desde a sua aterragem em agosto de 2012. A ausência de um campo magnético global como o da Terra e a sua atmosfera mais delgada, oferecem uma fraca proteção contra a radiação proveniente do espaço.

Um futuro viajante que permaneça 500 dias em Marte, receberá uma dose de radiação equivalente a 15 mil radiografias. A esta dose deverá ter de se somar os 180 dias de viagem de ida e outros 180 dias de viagem de regresso. Como no espaço a proteção é menor, no total a viagem seria o equivalente a efetuar 50 mil radiografias.

Estudos demonstram que esta exposição à radiação, origina a perda de apetite, náuseas, problemas na medula ossea, danos linfáticos, entre outros. A longo prazo, aumenta em 5% o risco de contrair um cancro que poderá levar à morte.

A Nasa estabeleceu como limite máximo um aumento de 3% de probabilidades de contrair um cancro fatal. Este limite é o indicado para astronautas que viajam na órbita da Terra ou que permaneçam, por exemplo, na Estação Espacial Internacional. A agência ainda não estabeleceu um limite para futuras viagens de humanos pelo sistema solar.


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