quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sexta-feira é noite de lua azul


A última lua azul foi em agosto de 2012 Fotografia © REUTERS/Gary Granja

Amanhã olhe para a lua. O satélite da Terra não vai estar mais azul do que o costume, mas o fenómeno é raro na mesma.

Não, o nosso satélite natural não vai surgir nos céus azul. "Lua azul" é o nome que se dá à segunda Lua Cheia que ocorre num mês - e como este mês já houve uma a 2 de julho a próxima será "azul". O fenómeno é relativamente raro e repete-se apenas em janeiro de 2018.

As luas azuis ocorrem porque o mês lunar não está sincronizado com os nossos meses. São precisos 29,5 dias para que a Lua faça uma órbita em redor da Terra, tempo durante o qual vemos o satélite em todas as suas fases - da Lua Cheia à Lua Nova, passando pelos quartos minguante e crescente. Os meses têm 30 ou 31 dias (exceto fevereiro), pelo que ocasionalmente há duas luas cheias no mesmo mês. À segunda dá-se o nome de lua azul.

Em inglês existe a expressão "once in a blue moon", que significa literalmente "uma vez numa lua azul", para se fazer alusão a um acontecimento raro. A última lua azul foi registada em agosto de 2012 e antes disso em dezembro de 2009.

De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, "a origem da designação lua azul remonta ao século XVI, quando algumas pessoas que observavam a Lua a olho nu achavam que ela era azul". Segundo a mesma fonte, "anos depois, discussões a respeito deste assunto, mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul como significado de 'nunca'. Com esse significado de algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda Lua Cheia de um mês era uma lua azul".

Há contudo casos na história em que a Lua apareceu mesmo nos céus com a cor azul. Em 1883, quando se deu uma explosão no vulcão Krakatoa, na Indonésia, os gases em expansão na atmosfera fizeram com que Lua tivesse uma aparência azulada na altura em que estava próxima do horizonte. Outro episódio remonta a 1951, quando um grande incêndio florestal no Canadá lançou muitas partículas na atmosfera, criando o mesmo efeito.


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