quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Explosões em Tianjin dão teorias da conspiração vindas até do espaço


Há muitas respostas por dar, é certo. Na Internet, circulam todo o tipo de teorias. Há quem diga, por exemplo, que foi um ataque planeado dos EUA com recurso a uma arma espacial



Para além dos factos - a intensidade das gigantescas explosões, as toneladas de químicos perigosos, os mais de 100 mortos, centenas de feridos e dezenas de desaparecidos -, o que aconteceu em Tianjin está, igualmente, a gerar várias teorias da conspiração. 

É que ainda não se sabe ao certo o que provocou aquela gigante bola de fogo, na semana passada. Pelas imagens, as explosões mais pareceram um filme de ficção científica, resultando num enorme buraco


Há várias teorias bizarras a circular na net. Há quem diga, por exemplo, que o que esteve por trás do sucedido foi um bombardeamento a partir do espaço protagonizado pelos EUA contra a China. 

Ataque dos EUA com arma espacial 

Esta teoria vem no "Natural News", que afirma que China e Estados Unidos da América estão em guerra e as explosões foram propositadas, com assinatura do Pentágono, e com recurso a uma arma vinda do espaço. 

Porquê? E porquê agora? Um ato de "retaliação" dos EUA para responder à desvalorização do Yuan, afirma o mesmo site, que classifica a alegada arma utilizada no ataque como secreta, uma "vara de Deus". 

Tentativa de assassinato do presidente Xi Jinping

Em vários sites de língua chinesa corre o rumor de que o verdadeiro alvo das explosões era o presidente Xi Jinping, que viajou pela região com altos funcionários, depois de uma reunião secreta. 

"O plano original era esperar até à reunião do partido comunista chinês em Beidaihe para assim que terminasse e quando os oficiais de alta patente regressassem, houvesse uma explosão na estrada entre Tianjin e Heibei", conta uma fonte não identificada ao NTDTV.com. 

A mesma fonte disse que os planos mudaram no último minuto e, para despistar suspeitas, os atacantes decidiram bombardear o armazém. 

Ataque ao supercomputador chinês

O supercomputador chinês Tianhe-1A - capaz de calcular biliões de operações por segundo, sendo o mais rápido do mundo - foi encerrado depois das explosões, segundo a agência oficial de notícias Xinhua, que cita o Centro Nacional de Supercomputação em Binhai. 

Ora, embora o equipamento tivesse ficado intacto após a explosão e a funcionar normalmente, o edifício onde estava localizado foi atingido e o supercomputador foi desligado por questões de segurança. 

Há quem acredite que o objetivo das explosões foi atacá-lo e assim abalar a mestria tecnológica da China. 

11 de setembro ou dedo da Rússia?

As comparações com os ataques às torres gémeas sucedem-se. Não falta também quem aponte o dedo à Rússia como sendo a verdadeira responsável pelo desastre.

A misteriosa espuma

O governo chinês já alertou sobre o perigo destas teorias da conspiração, tendo mesmo chegado a suspender ou encerrar páginas da Internet e a bloquear contas de utilizadores em redes sociais por alegadamente estarem a gerar pânico. 

O socorro prestado e a alegada falta de transparência das autoridades sobre o que realmente aconteceu em Tianjin geraram uma onda de protestos. 


Foto: Reuters 

Ao mesmo tempo, a forte chuva que desabou sobre a cidade na terça-feira, incluindo na zona industrial das explosões, está a complicar os esforços de limpeza e uma misteriosa espuma cobriu as ruas. 


Foto: Reuters 

A água da chuva pode espalhar os resíduos químicos no solo que, ao evaporarem, podem contaminar o ar. Foram encontradas 3.000 toneladas de produtos perigosos no local, e cianeto de sódio, um químico altamente mortal quando o ser humano está a ele exposto. 

As autoridades têm insistido que o ar da cidade e a água são seguros, mas os moradores e familiares das vítimas estão céticos. A Greenpeace pede transparência. 

Respostas por dar

São várias, nomeadamente se ainda existe alguma ameaça à saúde por causa dos gases tóxicos que circulam no ar e se há risco de contaminação do ambiente, mesmo depois da limpeza total de toda a área. 

Mais: saber, em detalhe, quais os químicos presentes no local, e em que quantidades; e porque é que, existindo um bloco residencial a apenas 800 metros de distância de onde ocorreram as explosões, como é possível terem estado armazenados ali tão perto tais produtos químicos e em quantidades exorbitantes. 

A pouca informação existente sobre a empresa de logística, Ruihai, também carece de maior atualização. Daí todas estas incógnitas terem suscitado as mais diversas teorias da conspiração.

fonte: TVI24

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